É o primeiro livro que leio de Afonso Cruz. Surpreende-me pela forma
simplicista como escreve sobre tanta coisa, levando-nos a uma reflexão
permanente sobre a sociedade e as pessoas que nela são integradas, tentando evidenciar
que pese as diferenças sociais, religiosas e politicas, num contexto de
questões delicadas entre os muçulmanos, hindus e cristãos, pode haver
ainda tolerância, paz e amor, num mundo onde a intercolaboração pacifica é cada
vez mais difícil.
Estamos perante o oriente efabulado com o que tem de mágico, como de
perverso, numa história que se vai desencadeando, como se tudo se pudesse jogar
metaforicamente através das peças de um tabuleiro de xadrez, peças
transformadas em personagens, entrecruzadas ao longo da história, desde a
procura do amor aos acessos de violência, às várias tragédias pessoais que vão ditando
e impondo o essencial ao longo das 620 páginas do livro.
Toca em questões tão delicadas como sejam os maus tratos em crianças ou
prostitutas, a exploração infantil, a violência sobre a mulher, os interesses
políticos, o terrorismo ou a intolerância religiosa.
É uma escrita simples, melodiosa, sem artifícios desnecessários que
fala sobre tanta coisa bonita, que dá vontade de pegar no livro várias vezes
para reter tantas bonitas passagens que o mesmo nos transmite.
Tem um final duro e inesperado.
Classificação 5/5 conversador, obrigatório.
Dr. João Gabriel
ResponderEliminarA obra de livro, sempre pode ser compreendida, como obra de arte e consiste, mesmo, em prender o leitor naquilo que o autor pretende transmitir. Há autores que o conseguem naturalmente, com o terá conseguido o autor do livro citado.Leia e, favor comente: Brasil – Sorriso de Deus
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul
http://amornaguerra.blogspot.pt/
Abraço