quinta-feira, 16 de junho de 2011

A Alemanha, Merkel, Hitler, E. Coli e Portugal


A Alemanha, proclama e tenta intitular-se cada vez mais como a proprietária da Europa. Basta ouvir as declarações de Merkel, desde classificar os países dito periféricos como os ociosos que não querem trabalhar, até querer definir o excesso de férias dos trabalhadores em Portugal (coitada, enganou-se, os alemães têm mais férias!), até culpabilizar outros países (como fez com a Espanha) dos problemas sanitários que atingiram o seu país (que lembram o terceiro mundo), mas que afinal nele mesmo (Alemanha) tiveram a sua génese.
A questão da raça “pura” branca descendentes do antigo povo ariano, palavra que significa “nobre”, foi entendido por Hitler como o ápice da civilização futura; daí a justificação para a política de extermínio durante a segunda guerra mundial e todas as investigações “atrozes” e cruéis efectuadas o sentido de mostrar que a raça ariana era realmente superior às demais raças, situação que parece ainda hoje perdurar nalgumas consciências de alguns responsáveis alemães.
Assim se entende que na sequência de uma intoxicação colectiva, inicialmente a partir de um restaurante alemão, decidiu a Sr.ª Merkel, após o isolamento de uma bactéria responsável, a E. Coli, à boa maneira hitleriana, responsabilizar os espanhóis e por via indirecta os portugueses, da responsabilidade por essa catástrofe, pois de catástrofe se fala já que foram atingidas cerca de 3200 pessoas e as mortes cifram-se actualmente em cerca de 40.
Os Julgamentos de Nuremberga também deveriam ter ditado que ser-se responsável não é ser-se cruel…É ser-se consciente e convicto nas atitudes, saber-se meditar no mundo dito moderno, saber respeitar os outros, nomeadamente os países mais pobres que também têm gente sã e escorreita, solidária, trabalhadora e laboriosa que por isso não podem ser culpabilizados das idiotices e imbecilidades que políticos amnésicos acabam por não cumprir as suas obrigações para com as populações que afirmam representar.
Os 27 membros da União Europeia (UE) discutem actualmente as ajudas da Comissão Europeia para compensação dos produtores de frutas e legumes afectados pela crise da bactéria E.coli. Tendo em consideração o passado de ajudas financeiras ao nosso país, cujo dinheiro terá sido em grande parte desviado para interesses pessoais e não para o desenvolvimento e investimento, deixa-me a dúbia incerteza quanto à forma como esse dinheiro será utilizado e rentabilizado no futuro… tal como na Alemanha por razões raciais, em Portugal por razões de interesse de riqueza indevida, imprópria e particular sem acréscimo de melhoria da nossa economia.
É por isso meu dever como português perguntar: Mas que dinheiro? Para quê? Para investir? Como? Com que objectivos a prazo? Com que finalização? Qual a estratégia se houver objectivos? Continuamos e assim continuaremos a ter Portugal no seu melhor…Talvez o mais fácil e lógico seja continuar-se a usurpar para o bolso de cada um e sem qualquer controle!
No contexto da crise que atravessamos há que reforçar o sentido de que os subsídios para a agricultura têm os seus dias contados: Na agricultura, o caminho passa pela rentabilidade, necessariamente pelos investimentos certos e correctos, pelas atitudes educativas e formativas essenciais, pela adaptação, adequação, modernização e inovação do material tecnológico, para que se possa enraizar definitivamente uma nova vontade, a dos jovens, no apreendimento “da terra” como sustento económico das famílias e do nosso país: O “sobressalto” que a agricultura há muitos anos precisa…