terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O “Esforço Sorridente” dos nossos Políticos

Adquiri o jornal “Diário de Noticias” do último dia 2 de Dezembro para obviamente me manter em contacto com as notícias que vão assolando e devastando este nosso país na sua indiferença e alheamento da realidade do que de facto se passa neste país. No intervalo de uma acção de formação, folheava desinteressadamente “página a página” o jornal quando me deparei com fotografias reais de alguns políticos deste pequeno estado, com um sorriso maravilhoso mas fictício, que me fizeram pensar estar a viver num autêntico País das Maravilhas…Obviamente mais que falso!

Esta situação incontrolável, agravada pela já habitual, aliás vulgar e repetitiva prática de inclusão de “boys” na área governamental, pelo seu pejo em saber o que é (não é) saber governar, instiga a um agravamento das condições de vida do povo português; antagonicamente, nas imagens das fotos que se verificam nos órgãos de comunicação social, o reflexo é de progressiva felicidade, de sorriso e satisfação (não sei de quê), de prazer, (mais que agrado).

Encontro neste número de jornal as fisionomias e semblantes dos políticos da actualidade com o seu trejeito de sorriso, não de dor, não de preocupação; vejo e observo, por exemplo, as fotografias de António José Seguro, Marcelo Rebelo de Sousa ou José Sócrates (páginas 11), sorrirem como se neste país nada de anormal se passasse, que de nada os possa culpabilizar, como se nada os ligasse ao passado; mais, Miguel Poiares Maduro, Ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, que ainda antes de ter esse cargo, em 2012 afirmava ser “a regra permanente” de preferência de natureza constitucional, como inultrapassável por si mesmo…

Numa veracidade actual em que as ideias não (podem) abundar, por falta de inércia dos partidos (outros interesses se sobrepõem) e por pressão proibitiva, é lógico que a população portuguesa tende a estar cada vez menos risonha e menos afável, até porque se culpabilização do afundamento do país existe, os culpados são sempre os mesmos…"Nunca os políticos"…Se alguma dúvida existisse basta ouvir ou ler entrevistas de César das Neves!

Mas deixem-me insistir no mesmo: O Ministro Maduro, provavelmente mais imaturo que amadurecido: Como, ao sabor do interesse pessoal a linguagem muda…Nomeado algum tempo após as suas declarações vem como “desculpabilização”, perante o dilema afirmar…O “permanente” é uma palavra “paradoxal”…Típico da linguagem “pretuguesa” utilizada na política em geral.

E assim vai andando o nosso país como se de terceiro mundo se tratasse…Ou para lá caminha!

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