domingo, 26 de fevereiro de 2017

Reflexões de Médico - Central Nuclear de Almaraz, parte1: Um sarcófago explosivo?


A central nuclear de Almaraz é a central activa mais antiga de Espanha, em funcionamento desde os anos 1980 e estaria previsto o seu encerramento em 2020.

Afinal, em vez do seu encerramento, Espanha decidiu construir ainda um armazém de lixo, aterro nuclear na central para resíduos radioactivos, que utiliza o Rio Tejo, para refrigeração com todo o impacto ambiental que pode provocar quer na região transfronteiriça, mas  também na estremadura portuguesa já que o Rio Tejo desaguando em Lisboa poderá originar uma catástrofe de proporções incalculáveis.

Haja ou não estudo obrigatório de impacto ambiental, sabem-se as implicações que existem em material tão nocivo à saúde, não só relativamente aos seres humanos, como para os restantes animais e plantas.

Poderá tornar-se um lugar de morte de onde não se pode fugir. As centrais têm por esse mundo sido encerradas, porque ao longo dos anos as fendas e fissuras vão permitindo fugas de radiação que de uma maneira ou outra vão deixando contornos de problemas de saúde pública, seja a contaminação das águas com aquecimento ou as alterações dos peixes como no Rio Tejo; vejam-se a diferença de temperatura, mais altas na águas perto da central, ou a dimensão dos peixes que aí são pescados e que os locais sabem que não servem para alimentação.

Fala-se do iodo, mas isso…é quase nada, porque se uma fuga tomar proporções de maior intensidade então poderemos estar perante um sarcófago, melhor um defunto que respira radiação que normalmente não tem cheiro, pese os programas de emergência e os planos estratégicos de protecção civil, que por melhor que sejam, as populações ficarão seriamente prejudicadas.


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