Aquela noite de lua cheia, a do desenlace fatal, ficou irremediavelmente
fixa na retina, pese o passar dos anos e a experiência de uma vivência de
acontecimentos violentos que nos levam a adaptar e conformar nas situações
violentas e hostis por mais incómodas que sejam.
Todo o profissional mantém a frieza e a lucidez
necessárias para que qualquer situação de socorrismo corra o melhor possível, o que normalmente acontece.
Mas o que observámos era cruel, ninguém merece aquilo!
O carro lateralizado, a flutuar, como se de um barco se tratasse a
navegar em alto mar. Pessoas dentro do mesmo, em ambiente “estranho” como
movimentos involuntários como se estivessem a nadar, pese o pouco espaço
existente; a intervenção rápida das equipas de socorro e desde logo a perceção
do desmoronar futuro de algumas das cadeias familiares, pelo sofrimento e pela
saudade futura dos seus entes.
Era a juventude no seu primeiro quarto que a vida lhes poderia dar
Sem comentários:
Enviar um comentário