Iniciei
a leitura deste romance com cuidado redobrado já que tinha a ideia que iria
adquirir conhecimentos sobre assuntos pouco comentados no mundo literário; para
além disso Mathias Enard utiliza uma linguagem acompanhada de musicologia,
estilo a que não estamos habituados, ainda para mais sendo muito dela oriunda
dos países árabes.
É
uma lição de conhecimento e deslumbramento sobre o mundo orientalista, numa
sucessão de aventuras oriundas de artistas, académicos e aventureiros, ousadas
e arriscadas em países orientalistas bem conhecidos de nós, nomeadamente pelas
piores razões.
O
rosto da revolução. Na página 327: “os jovens iranianos que tinham vivido entre
o Xá e a Republica Islâmica, esta classe média que tinha gritado, escrito,
lutado, acabaram todos enforcados, mortos ou obrigados ao exílio…” se dúvidas
houvesse!!!
Também
um romance de amor impossível naquele mundo sem tréguas, em que tudo se explora
e muito se perde, ou se ganha.
Um
livro esplêndido.
Classificação 5/5, livro conversador,
obrigatório.
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