Aquela Flor, tão exasperante quanto intensa e
bela;
Lá se encontra inimaginável, algures num
campo penetrante, fim imperceptível, por estar camuflado por uma áurea rosada e
luzente, num panorama que mais parece uma fotografia mística e espiritual, mas
que na realidade evidencia uma metáfora visual tendo em conta a neblina
existente, névoa cerrada, em contradição a algumas nuvens bem escuras, que
desenham o universo que bem perto se encontra da nossa pessoa.
A Flor ali permanece, com a sua esteticidade
perfeita, tentando manter-se florida, pese estarmos em meados do outono quase
invernal, com “coração” resistente ao desgaste da natureza em sua volta, que
faz parte da criação do mundo, sendo por isso inesperada, pela sua força
exasperante, ou atitude omnipotente por poder ser demolidora e destrutiva,
podendo arrasar toda e qualquer ação realizada pelo homem, por mais benévolo
que este tente ser.
Sendo a natureza ou não, sendo ela a mandar
no mundo, perto ou longe do nosso coração, dependendo da bondade ou da maldade,
essa flor conseguiu dizer não, tal como alguns seres humanos que ainda
conseguem pelejar pelo mundo, vão conseguindo combater a crueldade, antónimo da
bondade que poderia pacificar, reconciliar e harmonizar a favor do ser humano
essa mesma natureza: Contra a guerra diária no emprego ou no campo de batalha,
contra a fome no mais recôndito do planeta, na minimização do sofrimento do
dia-a-dia, na reconsideração de uma melhor vida dentro desta vida como na
preparação da continuação da vida que continua para além da morte.
As Guerras físicas e outras desgastantes,
Como sejam as batalhas psíquicas, que o homem
tem de suportar, para não se dissipar, nem se deixar consumir, muito menos
ficar destruído, com magnificência e grandeza, na sua simplicidade, humildade e
singeleza, tentando demonstrar que sendo um ser humano assim deveria ser
tratado como tal, seja na realização no Mundo
Aberto e Privado, ou na concretização dos seus objetivos no Mundo Fechado e Estatal.
Sem se ser amordaçado no Cosmos Aberto nem no Universo
Estatal.
Por isso a nossa felicidade de ainda
acreditarmos quando vemos uma Flor Simbólica,
que não sendo amordaçada pelo ambiente que a poderia engolir, consegue resistir
a tudo e também a si mesma, numa reação de confronto salutar contra os ideais
fantasmagóricos implementados numa sociedade, que tendencialmente tenta
ultrapassar o que apenas deveria ser ilusório.
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