Vivemos numa sociedade contemporânea que
cada vez mais exige profissionalmente de nós, ditando e impondo um esforço
rigoroso, a uma velocidade vertiginosa, alucinante e clemente, que gera por si
uma transformação radical na vida das pessoas.
Passámos a ser os actores
principais num mundo de stress, angústias e aperto, onde se vive a um ritmo
demasiadamente acelerado, com uma propensão alucinante, provocando um estado de
insatisfação constante (e crescente), sem haver tempo para dedicação a “coisas”
tão indispensáveis, como saborearmos o bom que a vida nos pode dar, ou
"convivermos" com aquilo que nos permita a felicidade espiritual e
extrínseca, como sejam a família ou por exemplo a compreensão da própria
natureza.
A preocupação com o trabalho é
um continuar sem fim, com tarefas permanentemente criadas, inovadas ou
inventadas que nos leva a uma entrega e rendição ao "vazio mundano".
Temos dificuldade em gerir as 24 horas de cada dia; seria necessário duplicar a
hora, para tolerar o ritmo frenético, delirante, desvairado e alucinante que impreterivelmente
pode levar ao esgotamento, exaustão e cansaço físico e psíquico que qualquer de
nós pode estar sujeito.
No Japão esse excesso de
actividade ligado ao stress ocupacional deu origem a uma nova (velha) palavra
"Karoshi" que em si significa "morte por sobrecarga de
trabalho", reflectindo-se clinicamente numa das causas de morte súbita, "ataque cardíaco” ou
acidente vascular cerebral.
Segundo a história japonesa o
aparecimento desse termo significou alívio para muitas viúvas, filhos e
familiares os quais então não sabiam o porquê da razão das mortes, provocando
os processos indemnizatórios que então se iniciaram.
Vivemos num mundo moderno, em
que o homem passou a ser um computador, provocando entre ele próprio uma
competição cada vez mais intensa, enérgica e violenta, ao qual a sociedade se
tenta adaptar, mas sem o sucesso previsto. O ser humano passou a ser tratado
como um “animal” sem estabilidade nem a solidez pretendida, passando a ser
irracional, com falta de harmonia, sem lógica nem discernimento.
João, li tudo muito bem, já passei por um espetacular AVC, exatamente, quando trabalhava menos. Consegui ultrapassar, a dormir 18/horas dia e passei a 6/horas dias dia e incapaz de estar parado. De modo que as dúvidas sobre o stress se adensam. Faço 12 horas/dia de PC.
ResponderEliminarAbraços
http://www.blogger.com/profile/18365468956488759820
ResponderEliminarBom Natal