O CONSUMO de álcool acompanha a história da humanidade desde os seus primórdios. Em Portugal o álcool faz parte da sua própria tradição e cultura.
Apesar do seu efeito tónico e euforizante, do alívio das angústias e da libertação de tensões, os seus malefícios são muitos como a cirrose hepática, tumores do fígado, acidentes e muitas mortes desnecessárias.
Em Maio de 68 ficou célebre a frase "é proibido proibir" numa altura em que os valores morais da sociedade francesa sofreram bastas transformações, entre outros, a liberdade relativamente ao uso e abuso de álcool.
Actualmente, mais de metade dos nosos jovens entre os 13 e os 16 anos já consumiram álcool. O seu uso significa para os adolescentes a demonstração de masculinidade e feminilidade, o "reforço grupal", a reafirmação da sua independência, a facilidade de comunicação ou a inserção de grupo. As bebidas alcoolicas vendem-se indiscriminadamente desde os bares às discotecas sem qualquer controlo, havendo falta de escrúpulos dos vendedores e uma total ausência de fiscalização.
A Associação Nacional de Empresários de Bebidas Espirituosas propôs há alguns anos o aumento de 16 para 18 anos o limite legal para as compras destas bebidas (a partir de estudos da OCDE), mas levantaram-se várias vozes discordantes.
Assim já que o Estado não ajuda, apenas complica e não tenha Sócrates (o antigo) morrido com a ingestão de cicuta, apenas restam os pais começarem a compreender o papel que lhes compete para que amanhã possamos ter jovens sóbrios e responsáveis.
Devem os pais contrariar os adolescentes no que seja necessário, educando-os relativamente aos malefícios do álcool, mostrar autoridade, para que aqueles passem a sentir a responsabilidade dos próprios actos e a melhorar a confiança em si mesmos. Cabe aos pais lutar para que se impeçam as vendas de álcool aos menores e exigir que o Parlamento sempre e agora mais adormercido deste país modifique as leis e exija o seu próprio cumprimento.
Senhores Deputados e Políticos (agora estão com outros pensamentos): Acabemos com o "faz de conta"...é proibido não proibir definitivamente o álcool aos adolescentes. Já que não quereis, OS PAIS resolverão o problema com a educação autoritária. É URGENTE EDUCAR.
Muito bom e muito esclarecedor até porque o fruto proibido é sempre o mais apatecido
ResponderEliminarJorge Vasco Moura
Obrigado caro amigo; é uma luta de todos nós como pais responsáveis que queremos ser.
ResponderEliminarAbraço
joão gabriel
A forma como desenvolve o tema está muito bem conseguido.
ResponderEliminarSabe-se que a proibição a Jovens até aos 16 anos é uma treta. Por outro lado ele acompanha-nos desde que nscemos até e durante o velório. Nós os Doentes Alcoólicos Tratados não somos contra quem pode beber e sem excessos, agora também se sabe em que idade se deveria começar a consumir e os seus máximos.
Como cita e muito bem os produtores na sua maioria não olham a meios para alcançarem fins. Veja-mos o exemplo dos Americanos que lançaram o refrigerante com marijuana, para agora os Inglêses lançarem o Viagra e que segundo eles três garrafas de cerveja tem a dose de um comprimido azul.
Enquanto estas práticas forem autorizadas cada vez mais são as pessoas vitimas desse flagelo de nome alcoolismo e outras dependências.
Quanto aos nossos governantes veja-se quando aprovaram a lei na Assembleia da República de reduzir de 0,05 para 0,02 ela foi aprovada e passado oito dias anulada sem sequer ser públicada. Aqui mostra a força dos vendedores e produtores, contra políticos de Cocôras.
*Presidente do Grupo de Apoio a Doentes Alcoólicos, Tratados e Abstinentes.
Sem duvida uma infeliz realidade.
ResponderEliminarObrigado por nos ter concedido mais este conhecimento.