sexta-feira, 10 de março de 2017

Opinião - CGD e Cáritas: o Enredo e o Poder Labirintico


Será a vida um enredo, que nos faz focalizar e evidenciar o espectro  de um antagonismo que muito nos deveria dizer, mas que nos confunde como se olhássemos para um infinito colorido de azul, mas cuja visão nos faz desfocar e ver uma cor desarmónica, ou estaremos na realidade perdidos numa teia de poder labiríntico cuja cor é mesmo real, mas que o poder no mundo consegue afastar a ilusão protagonista da realidade encapotada?

Isto a propósito das noticias diárias que a comunicação social vai ditando, nomeadamente nas capas dos desvios “normais” de milhões de euros, noticias tão frequentes, que da sua normalidade só podemos estranhar se no mundo, de repente se pressentir o silêncio e o peso da entranha que nos dá os sentimentos para acreditar que não estamos perante qualquer verdade, mas sim precisamente num enredo ficcional.

Coube a vez da Caixa Geral de Depósitos apresentar os prejuízos, sendo o valor mais elevado da história do Banco, como se a nossa memória recente e não só, tivesse sido omitida, porque o acaso nem sempre é uno, tal como a nossa capacidade de memorização pode ser indissolúvel  a esse ponto.

Ou o caso da Cáritas, instituição criada pela Igreja para ajudar os pobres da diocese de Lisboa, que ostenta depósitos bancários desde há anos, de milhões de euros e que vem justificar essa almofada financeira com a necessidade de acautelar o agravamento da crise económica e social.

Sem dúvida que este enredo provoca uma narrativa sem ética, nem valores, nem princípios que se devam adequar ao que deveria ser na realidade o mundo privado e livre da hipocrisia e falsidade, pois que tudo serve para inventar a inexistência do caminho normal de onde se deva sair com postura de quem luta pela vida, seguindo os preceitos da dimensão educacional que permita uma competição distinta do logro e do embuste.



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