"A Desumanização" de Valter Hugo Mãe, é um livro que trata a morte na sua forma desumana, triste e pesarosa; a leitura é pesada, mantendo o leitor num tom de melancolia, tristeza e angustia até às ultimas letras.
Escreve com o seu "tom" poético normal, algo que normalmente nos faz manter o interesse por um determinada leitura; no entanto este livro não nos dá aquilo que muitas vezes procuramos, que é obrigar-nos a pensar, raciocinar, reflectir e meditar.
Gosto de livros que me ensinem algo e me façam pensar, que dêem conhecimento, esperança e relatem a humanidade como um sinal de sobrevalorização, que a sociedade pode por desconhecimento ou por incultura não atingir.
Escreve com o seu "tom" poético normal, algo que normalmente nos faz manter o interesse por um determinada leitura; no entanto este livro não nos dá aquilo que muitas vezes procuramos, que é obrigar-nos a pensar, raciocinar, reflectir e meditar.
Gosto de livros que me ensinem algo e me façam pensar, que dêem conhecimento, esperança e relatem a humanidade como um sinal de sobrevalorização, que a sociedade pode por desconhecimento ou por incultura não atingir.
Sei que é um autor de amores e ódios, considerado um dos melhores da sua geração, com um livro de sucesso "A máquina de fazer espanhóis" livro que mantenho na estante para ser lido na altura possível, mas que sei não ser tão triste e desumano, nem angustiante.
Este livro conta-nos a história de uma jovem que perde a irmã gémea, carregando a partir daí duas almas e o sentido de que a morte é um estado que em qualquer altura pode estar presente. Tem uma personalidade triste e angustiante, vivendo numa tormenta constante, à qual não é alheia a vivência dos pais, uma terra inóspita e um namoro ocasional que se tornou definitivo. É a menos morta das duas almas. São descritas cenas de crueldade, impiedade, brutalidade, violência física e psíquica, que leva a jovem um estado de solidão e perturbação permanente.
É a vivência de uma aldeia, como tantas, perdida no confins da Islândia, em terreno frio, pobre e em que a morte e a perda fazem parte do enredo.
Mas é uma escrita poética e bonita, por vezes de difícil interpretação, em que as palavras são belas, sublimes e perfeitas. Por exemplo:
"A morte é um exagero. Leva demasiado. Deixa muito pouco".
"Quem não sabe perdoar só sabe coisa pequenas".
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