terça-feira, 19 de novembro de 2013

A Escola, a Educação e a Disciplina de Empreendedorismo

A Escola é o espaço apropriado para um aluno receber a educação, que possibilite o seu progressivo desenvolvimento, sejam descobertas as suas capacidades ou potencialidades e sejam verificadas as suas competências, conhecidas, ocultas ou anteriormente ignoradas. Para que esses objectivos sejam uma realidade também os professores têm de ter os seus saberes para conseguirem ensinar, enfrentar e solucionar os problemas da forma mais criativa possível.

O Ministro da Economia, António Pires de Lima, defendeu recentemente, na Assembleia da Republica que o Empreendedorismo deverá ser uma disciplina de ensino obrigatório; por outro lado, também como é do conhecimento público, em Setembro do corrente ano o Ministro da Educação, Nuno Crato, considerou dever deixar o Inglês de ser obrigatório no 1º ciclo do ensino.  

É um risco querer ser-se tão Empreendedor, com uma ideia tão Empreendedora como a de se “inventar” uma disciplina de Empreendedorismo

Sem dúvida que as Escolas devem ser cada vez mais um verdadeiro ecossistema potenciadoras de Empreendedorismo, com ideias próprias que possam levar os alunos a serem verdadeiramente mais arrojados, decididos e laboriosos, no presente e também para o futuro; para isso pretende-se que as mesmas atinjam a sua função básica mais importante, de oferecerem um ensino de qualidade, geradora de ideias, com projectos inovadores e empreendedores, despertando e estimulando nos jovens um dinamismo e uma energia para um caminho continuado e ininterrupto que lhes dê o sucesso pretendido nas suas vidas futuras.

No entanto, como evidencia o recente Ranking sobre as Escolas Portuguesas, alguma coisa não vai bem no ensino em Portugal; não me cabe debruçar sobre o porquê, mas tenho a suposição de que as escolas estão mais esvaziadas de saber, provável reflexo da grave crise que o país atravessa, dos enormes e “Colossais” sacrifícios generalizados exigidos directa ou indirectamente aos educadores e educandos, a confusão e a especulação sobre as medidas sobre a demarcação do ensino público e privado, qualquer deles, de modo algum contribuem para uma melhoria do ensino que todos nós desejamos.

Aos políticos deveria caber o papel de contribuírem para a educação futura com medidas dirigidas para o cidadão comum, socialmente correctas, dando a esperança concreta de se poder melhorar e ultrapassar os difíceis momentos que vivemos; na realidade actual não é o que se vê: Por mais audacioso, destemido ou ousado que se possa ser, é a compreensão dos múltiplos problemas que deverão ser ultrapassados pela sua urgência em função dos problemas do país, que faz diferenciar o politico imaginativo e fantasioso, do político clarividente e perspicaz…Que ainda vamos acreditando poder existir em quem nos possa governar com sabedoria, conhecimento, humanidade, compreensão e saber!




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