Aquele era um dia diferente dos
passados em anos anteriores, mas semelhante no mau feitio, desde os tempos em
que Mourinho sentia a irritação fácil aquando do insucesso, nomeadamente na sua
célere passagem pelo Real Madrid.
A Médica Eva Carneiro, popular
pelas bandas do Chelsea, entrou em campo para assistir um jogador do seu clube,
levando Mourinho a “um ataque de nervos”.
“Seja o homem do equipamento, o
médico ou o secretário, no banco é preciso entender o jogo”, disse
posteriormente Mourinho para apaziguar o absurdo da reacção intempestiva, tal
como o vídeo que circula na Internet comprova a atitude reprovável e
desnecessária.
Reprovável e desnecessária quando
é o clube de futebol que paga o ordenado à equipa médica?
Mourinho em pouco tempo evidencia
que necessita de tomar ansiolíticos ou hipnóticos para controlar esses últimos
“ataques de nervos”, ou atente-se também na derrota recente da Taça de
Inglaterra em desproposito da reacção da medalha de derrotado, quando a fez
voar, não sabendo o próprio que face ou olho a mesma poderia atingir; teve
sorte, uma criança inteligente, com reflexos conseguiu segurar e apanhá-la no
ar.
Tendo o mesmo um familiar directo
doente, em dedicação (ou por desconfiança dos profissionais de saúde
portugueses) trouxe uma equipa de enfermagem para acompanhar o seu pai dia a
dia, hora a hora, o que pese “o extremo estrangeirismo” não deixa de ter o seu
próprio mérito, pese embora serem os ingleses a necessitarem dos enfermeiros portugueses,
garante da qualidade que estes de certeza evidenciam e por isso são tão solicitados em Inglaterra.
É mesmo este o cerne da questão,
As classes profissionais têm os
seus códigos de Ética e também os Deontológicos, que terão de ser cumpridos sob
pena de processos de inquérito das Ordens Profissionais e mesmo juridicamente,
podendo ser condenados sobre o pretexto de falta de assistência, considerando
ser negligência voluntária ou involuntária.
Mourinho ou não sabe tudo ou faz-se
de esquecido, desprezando nesse sentido uma das facetas mais salutares da vida:
A dignidade pela integridade física e psíquica da pessoa humana, neste caso de
um jogador do seu staff, que tendo desprezado, tinha sido sua obrigação
ampará-lo, apoiá-lo e dar força à equipa médica que entrou no relvado para o
tratar.
Existem na vida coisas mais
relevantes e importantes que a vitória: RESPEITAR A DIGNIDADE HUMANA!
Mourinho: É melhor perceber que
deve de novo “acordar” para o mundo que a todos rodeia, não olhando a todos os
meios, nomeadamente os “impossíveis” para atingir um fim em si mesmo. Deve-se
ser compassivo na nossa vida diária; sendo assim não existem barreiras
insuperáveis. Para além de não se condenar O BEM, que se dê mérito ao valor da VIRTUDE
tal como foi a atitude da médica Eva Carneiro, que acudindo a quem dela
necessitava de cuidados médicos, deu uma lição de profissionalismo que a todos
deve servir como um exemplo a seguir.
Estamos sempre a tempo!
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