Somos seres pacientes mas muitas vezes impacientes;
Custa-nos muitas vezes, como pacientes, lidar com
os impacientes, mas pode acontecer não sabermos onde começa a paciência e
termina a impaciência.
O nosso humor varia perante alguém que discutindo
determinado assunto pode estar a ferver em menos ou mais água com temperatura
variável, dependente do ato de comover ou ser comovido, da emoção da altura, da
maior ou menor perturbação, ou da agitação, que determinado assunto possa
trazer ou provocar, ou mesmo da força interior para evitar o “vou-me embora,
não estou para isso”.
Mas a paciência é uma precioso valor interior na
qual todos precisamos amadurecer ao longo da vida, força intima que no fundo
“ordena” o nosso equilíbrio psíquico, dificultando o virar as costas aos
problemas que muitas vezes preferimos não confrontar ou não sermos
confrontados.
Mas será que paciência terá alguma coisa a ver com
paixão e a impaciência com inquietação?
Ou será que a paciência pode ser desespero,
escamoteado pela virtude?
A impaciência será a debilidade do forte e a
paciência a força do débil?
A paciência faz-nos imergir no âmago da vida mas a
impaciência torna-nos ofegantes, por vezes esbracejantes, que nos acaba por
atropelar a nós próprios. A paciência pede e dá-nos tempo, a partir da
confiança que abraça o próprio ser humano, mas nem sempre serve de instrumento
suficiente para com o tempo controlar a impaciência.
Ambos têm o seu caminho a percorrer, seja lógico e
racional ou incoerente e irracional.
O talento é a paciência sem fim; afinal qual deles
na vida atual terá a maior razão?
Eu não sei.
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