sábado, 12 de março de 2011

Portugal passou a ser um país de desertores?

Santos Silva acusou que os que não apoiarem as medidas de austeridade anunciadas sexta-feira pelo Governo, estarão a desertar a meio de um esforço nacional, de um objectivo nacional e deixam de merecer a confiança das pessoas.

Esquece no entanto Santos Silva que o povo português, no passado e em épocas mais recentes sempre deu provas de grande coerencia e compreensão pelas dificuldades sentidas pelo país e nos efeitos que provocou aos próprios; confiaram, acreditaram, harmonizaram o seu estado de espírito com a necessidade de se atingirem objectivos delineados politicamente, tendo em mente o seguimento de eventuais linhas mestras orientadoras para um futuro mais são, salutar e saudável, em que os horizontes nomeadamente da geração futura, que muita gente chama "rasca" pudesse ser diferente, para melhor.

Mas a palavra confiança, Sr. Governante, muitas vezes desmorona-se tal como uma estrutura que foi mal cimentada. Anos seguidos de promessas, cuja prática politica apenas as desmente, leva qualquer cidadão a desacreditar daquilo que já acreditou, confiou ou teve fé. O ditado que afirma "a paciência tem limites" está intrinseca ao cidadão português que é humilde, passivo, mas tem e dá prazos para ver um mundo melhor.

Mas que quer acreditar em quem não pode neste momento agora acreditar.

http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=A5E95C62-FD04-4E11-B2B2-B5A4300E5657&channelid=00000090-0000-0000-0000-000000000090



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