O
novo romance de Don Delillo, tenta relacionar a morte, na sua imortalidade
tentada, com o aspeto material, tendo como narrador principal o filho de um
sexagenário bilionário que investiu num secreto laboratório de investigação
sobre vitrificação, criopreservação e nanotecnologia, lugar sinistro e vigiado,
onde se preservam os corpos até um futuro indefinido que possa haver o
conhecimento necessário para regressarem à nova vida.
No fundo considera a
força do dinheiro no sentido de evitar a morte, adiantando-se à mesma e
eternizando a sua individualidade póstuma, reduzindo a sua identidade à imagem
de um corpo que não se decompõe.
O
narrador intercala a vida espiritual do pai com o envolvimento real do mundo
que os envolve.
Livro
tocante, bem escrito, com uma prosa irreparável, mas cuja “complexidade” no
leva a ter de ler o livro com a calma necessária para podermos acompanhar as sucessivas perplexidades
envolventes.
Classificação
4/5, livro com alma
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