Revisitei
o Couço, local onde nasci, cerca de 45 anos após ter saído da mesma, ao ter de acompanhar os meus pais noutros voos que os mesmos tinham em vista.
A
emoção esperada no passeio de "reconhecimento", redescobrindo aquilo que me parecia ainda
ter na minha memória de infância, imagens límpidas e transparentes de uma
realidade já passada, mas tão atualizada que parece que foi ontem que deixei esta tão histórica
aldeia.
Um
almoço bem preenchido no restaurante os maias com torresmos divinais e pezinhos
de coentrada tão saborosos, regado de bom vinho a pressão, foi o condimento para continuar a sublinhar
o enternecimento e o sentimento que continuará na minha alma e no meu físico até à sua plena finitude.
Um dos locais onde vivi anos, na casa ao lado da igreja, bem visível na memória, com histórias passadas
que o meu subconsciente não esquece, nem esquecerá, porque com tanta lucidez me
vieram à memória e transbordaram o inesperado.
O
rio Sorraia, a pesca de barco, o Sr. Alfredo a ensinar-me a fazer barcos de
cortiça, a sua padaria, as aventuras com os amigos, a escola primária, os avós, os tios, os primos, os amigos, as viagens de carroça do monte da Boavista ou da Corlinha, a vida da minha infância!
Não
esquecerei, nunca, o local onde nasci e que revisitei tantos anos depois´e que pretendo regressar.
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