quarta-feira, 17 de junho de 2015

Aquela Paisagem Deslumbrante



Aquele dia, enevoado e turvo, que pouco nos deixava ver no horizonte que prevíamos profundo. Pela estrada o cuidado era intenso, os olhos vibravam de dor e cansaço, com receio de que uma roda fizesse o que nada nos agradaria num sitio rodeado do nada.

Assim fomos mareando, tentando que o equilíbrio nos levasse a bom porto, o porto da harmonia, mas que teimava em chegar.

Finalmente uma ponta de esplendor se aquilo que víamos seria mesmo claridade provinda do sol. Continuámos, a nossa cegueira foi-se dissipando e eis que uma paisagem digna do além se nos deparou.

A natureza quando observada com olhos sãos de ver, observar, analisar e reparar nos ínfimos pormenores deixa-nos extasiados, a pensar que o mundo onde ainda vivemos tem uma beleza impar, que apenas sufoca a nossa ânsia de ver o que não acreditávamos ser possível contemplar, de ouvir os sons que pensávamos ser parcos.

Basta saber olhar!



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