Somos visíveis no mundo em que vivemos, porque acreditamos através da
nossa mente que vimos tudo o que se estende ao longo do horizonte que os nossos
olhos alcançam através do mais ínfimo pormenor, desde que a retina, mesmo
nublada, o permita observar.
Também somos visíveis porque vivemos numa sociedade com as suas regras
próprias, valores distintos e os preceitos normativos que por mais que se
queiram ocultos, ou que se pretendam renegar, estão e estarão sempre presentes
seja em democracia ou estado autoritário, que vão dominando as pessoas e a sua
cultura ou incultura, conforme o que mais fé possa dar à classe dominante e/ou
politica.
Então e ser-se invisível, com a possibilidade de ver doutra forma o
mundo em que vivemos, a configuração bizarra dos comportamentos humanos na
senda de uma vida que se vai tornando mecanicista e corporal como se funcionássemos
através de um backOffice, desentorpecimento que o mundo tenta expor, fruindo
aparentemente de uma evolução de bem-estar e boa aventurança, de atitudes pessimistas
encobertas na sociedade em que se vive.
Poder ser-se invisível durante algum tempo, o suficiente para indagação
do comportamento diário da sociedade que nos rodeia e em que todos nos inserimos,
poder-se-á aprender como mudar uma comunidade para melhor, destapando-a dos
seus buracos e covas, cobrindo estes com areia ou cimento, progredindo para uma
felicidade sem paradoxo mas com nexo, atingindo-se um bem virtuoso, que aos
nossos olhos também se poderá juntar a nossa voz, feições menos formatadas e
modos mais virtuosos, tal que permita que um qualquer sonho possa vir a ser uma
realidade não ficcionada.
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